23 de dez. de 2012

A origem do "Crachá"


A palavra crachá vem do francês  crachat, ao pé da letra: cusparada (saliva), e, por extensão de sentido: condecoração. Originalmente, em português, tinha o sentido de hábito, divisa, insígnia ou venera de qualquer ordem militar, que se trazia pregada ou bordada sobre a veste. Num documento de 1796 tinha o nome de chapa ou sobreposto bordado, de uso exclusivo dos gran-cruzes  e comendadores. Atualmente diz-se de um cartão, com dados pessoais, que um empregado de uma empresa ou o funcionário de uma repartição usa no peito para identificação. Exemplos da Literatura: de Humberto de Campos, em “A Serpente de Bronze”: “E como se não bastasse o aspecto magnificente das vestimentas, cintilavam por toda a parte as medalhas, os crachás, as condecorações de todos os países do mundo, como se tivesse caído sobre aquela assembléia de sábios uma luminosa chuva de pedrarias”; de Paulo Setúbal, em “As Maluquices do Imperador”: “Os cavalheiros, hirtos,  espartilhados, as casacas azuis de riço claro, trazem o peito estrelado de crachás”; de Adolfo Caminha, em “Tentação”: “O banqueiro levava ao peito um crachá faiscante, uma grande comenda que a todos causava admiração”; de Luis Fernando Veríssimo, em “Crônicas Selecionadas do Estadão”: “No México, as pessoas olhavam o crachá que me identificava como correspondente da Playboy e imediatamente olhavam para a minha cara, perplexas com meu óbvio pouco jeito para descobrir os aspectos mais lúbricos da competição.”

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É isso!

Um comentário:

  1. Muito interessante, tanto a explicação como os trechos citados da literatura. Obrigado pelas boas informações!

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