19 de nov. de 2012

O que é “Réquiem”



Réquiem, cuja origem está no latim, é o nome de uma missa que a Igreja Católica celebra pelos mortos, em razão de ser iniciada pelas palavras latinas das Escrituras: reqiem eternam dona eis, Domine, ou seja: “dai-lhes, Senhor, o repouso eterno”. Mozart, assim como muitos outros compositores clássicos, compuseram excelentes músicas para este tipo de missa. Uma das mais notáveis entre todas é a de Mozart, cantada pela primeira vez nas suas próprias exéquias, e, aqui no Brasil, estreada por José Maurício, em 1819. Exemplos da nossa Literatura: de Machado de Assis, em “Várias Histórias”: “Enterrada a mulher, o viúvo teve uma única preocupação: deixar a música, depois de compor um Requiem, que faria executar no primeiro aniversário da morte de Maria”; de Almeida Garret, em “Viagens na minha terra”; “Não, senhor: o frade, que é patriota e liberal na Irlanda, na Polônia, no Brasil, podia e devia sê-lo entre nós; e nós ficávamos muito melhor do que estamos com meia dúzia de clérigos de requiem para nos dizer missas...”; de Eça de Queiroz, em “O Crime do Padre Amaro”: “E ele, Amaro, caminhava ao lado cantando o Requiem, de Breviário aberto numa mão, com a outra abençoando as velhas, as amigas da Rua da Misericórdia que se agachavam para lhe beijar a alva”; de Raul Pompéia, em “O Ateneu”: “À hora da ceia, na mesma porta em que se lia a gazetilha das aulas, sombrio como nunca, vagaroso como os compassos de réquiem, tétrico como o juízo final, entrou o diretor.”

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É isso!

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