6 de nov. de 2012

De onde surgiu o “Fisco”?


A palavra fisco tem origem no latim fiscu, que era uma cesta de vime, onde se juntava o dinheiro do tesouro público. Hoje diz respeito à parte da administração pública incumbida da cobrança dos impostos. Exemplos da nossa Literatura: Joaquim de Macedo, em “As Mulheres de Mantilha”: “Escândalo tão revoltante ajuntava-se à experiência de extorsões do fisco sem regra, às crueldades do mais arbitrário e atroz recrutamento, que deixava mães, viúvas e irmãs órfãs ao desamparo, filhos sem pais e esposas sem maridos, os atentados contra a propriedade, e contra a liberdade individual, privando-se em proveito das obras públicas os senhores dos serviços de seus escravos, e coagindo-se homens livres, sob pretexto de que eram vadios, a ir trabalhar nas obras do rei”. Machado de Assis, em “Comentários da Semana”: “O que há de política? É a pergunta que naturalmente ocorre a todos, e a que me fará o meu leitor, se não é ministro. O silêncio é a resposta. Não há nada, absolutamente nada. A tela da atualidade política é uma paisagem uniforme; nada a perturba, nada a modifica. Dissera-se um país onde o povo só sabe que existe politicamente quando ouve o fisco bater-lhe à porta.” Eça de Queiroz, em “Uma Campanha Alegre”: “Ora em Abrantes entende-se de um modo largamente torpe esta acção do fisco sobre a pesca. Vinte homens, extremamente miseráveis, que pescavam no rio – onde não podiam chegar marés vivas – e alguns mesmos que de todo não pescavam, foram obrigados a pagar o imposto do pescado!” José do Patrocínio, em “Pena de Morte”: “Os credores e o fisco escancaravam as goelas enormes e não as fechavam sem terem engolido parte do trabalho do  fazendeiro durante longos anos. Além disso o repetiam sempre estribilho hediondo da sua imaginária barbaridade contra a
família do agregado.”

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É isso!

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