A palavra ébano
vem do latim ebenus, que é uma
madeira bem pesada e maciça. Figurativamente designa algo de cor muito escura: "negro como o ébano". Diz-se, na mitologia grega, que o trono de Hades, o rei dos
infernos, era de ébano e de
enxofre (o ébano mantém também simbologia com o Inferno e Plutão). A Bíblia faz menção do ébano como uma
mercadoria valiosa de escambo: “os homens de Dedã eram teus mercadores; muitas ilhas
eram o mercado da tua mão; tornavam a trazer-te em troca de dentes de marfim e
pau de ébano”
(Ez. 27:15). Encontramos na Literatura Portuguesa
muitos exemplos do ébano como uma madeira valiosa, sendo igualmente valiosos os
objetos que se faziam dela: de Eça de Queiroz, em “A Cidade e as Serras”: “Mas a sua veneranda
face já não resplandecia, como em Paris, com um tão sereno e ditoso brilho de ébano”; de Machado de Assis, em “Quincas Borba”: “A secretária captou as admirações gerais;
era de ébano, um primor de talha,
obra severa e forte”; de Almeida Garret, em “Viagens na Minha
Terra”: “Anéis dourados, tranças
de ébano, faces de leite e rosas
como de querubins, outras pálidas, transparentes, diáfanas como de princesas
encantadas, olhos pretos, azuis, verdes...”; de Adolfo Caminha, em
“Tentação”: “O
leito de Julinha era todo de uma madeira escura e sólida, como ébano-da-índia, e custara um dinheirão
ao Furtado”; de Joaquim de Macedo, em “Os Dois Amores”:
“A despeito das galas e
do luxo de alguns imensos mausoléus, o pó, o nada humano parecia transudar por
entre as molduras douradas, e uma caveira se mostrava triunfante de sobre as
colunas de ébano.”
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É isso!
Nossa não fazia ideia de tudo isso adorei
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