19 de nov. de 2012

A origem do “Vidro”


A palavra vidro vem do latim vitru, definido nos dicionários como uma  substância sólida, transparente, dura e quebradiça, obtida pela fusão e consequente solidificação de uma mistura de quartzo, carbonato de sódio e carbonato de cálcio. A Bíblia faz menção do vidro no livro de Jô, quando realça o valor da sabedoria, dando a entender que se tratava de algo muito valioso: “Com ela não se pode comparar o ouro ou o vidro; nem se trocara por jóias de ouro fino” (Jô 28:17). Desde a mais remota antiguidade os egípcios conheciam a arte de fabricar vidros brancos e coloridos, lapidá-los e dourá-los; pelo menos  é isso que fica demonstrado nos ornamentos de que se achavam revestidas diversas múmias encontradas nas catacumbas de Menfis e Tebas. No ano 370 A.C., Teofrasto faz menção de fábricas de vidro fenícias situadas na embocadura do Rio Belus. Os Romanos conheceram o vidro  dois séculos antes de Jesus Cristo. Devemos a Plínio detalhes curiosos sobre o fabrico deste produto nas antigas oficinas. No seu tempo começavam a estabelecer se fábricas na Gália e na Espanha. Duzentos e trinta anos de pois de Cristo, no tempo de Alexandre Severo, os fabricantes de vidro eram tão numerosos em Roma, que chegavam a ser confinados era um quarteirão separado. Isto explica o fato de encontrar-se tantos vasos de vidros nos túmulos antigos do Egito, da Itália, da Alemanha e da França. As primeiras fabricas de vidro da Europa, nos tempos modernos, foram estabelecidas em Veneza, e  foi ali que se descobriu o processo para estanhar os espelhos. A arte de gravar, cortar o vidro e transformá-lo em um objeto de ornamentos, deve-se, segundo afirmam alguns historiadores, ao artista alemão Gaspar Lehmann,  a quem o imperador da Alemanha Rodolfo II, morto em 1612, concedeu o titulo de gravador sobre vidro da corte da Alemanha.

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É isso!

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Referência Bibliográfica:
Almanak d'A Platéa: 1900. Typographia de José Soler. São Paulo: Brasiliana - USP

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