19 de nov. de 2012

A origem da “Pólvora”



A palavra pólvora vem do latim pulvis, pulveris: a parte inflamável que vem do enxofre. A pólvora tem em sua composição enxofre, salitre e pó de carvão, que se torna inflamável pelo calor e liberta gases de grande expansão e força. Desde os tempos mais antigos as misturas inflamáveis já haviam sido empregadas na guerra entre os povos, principalmente nas regiões asiáticas. Os gregos do Baixo Império aprenderam de um arquiteto sírio chamado Calínico, a composição do famoso fogo greuês. A tradição ora atribui a descoberta da verdadeira pólvora ao frade Rogério Bacon, ora ao frade suíço Bertoldo Schwartz. Contudo, foi Schwartz  quem  inventou os canos das espingardas fabricadas por meio de uma liga de chumbo e estanho. O primeiro povo que se serviu deste invento foram os venezianos no assédio de Chiozza e assim que alcançaram a vitória meteram Schwartz em uma sombria masmorra. A descoberta da pólvora não pode ser atribuída a um inventor isolado. É, portanto,  obra, não de um indivíduo, porém de muitos séculos reunidos. Uma longa série de aperfeiçoamentos sucessivos, introduzidos pelos diferentes povos da Ásia e da Europa no preparo das misturas incendiarias que eram de tempos imemoriáveis empregadas nos combates culminaram no progresso natural das cousas, dentre os quais se encontra   este terrível agente de destruição que exerceu o profunda influência sobre os destinos dos povos modernos. Deste termo origina-se a palavra polvorosa, que denota grande agitação ou confusão, como na expressão “andar tudo em polvorosa”, ou seja, andar tudo em desordem. 

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É isso!


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Referência Bibliográfica:
Almanak d'A Platéa: 1900. Typographia de José Soler. São Paulo: Brasiliana - USP

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