21 de nov. de 2012

A origem do “Álbum”


Álbum é um termo oriundo do latim, que, entre os romanos, era uma tábua coberta de gesso, sobre a qual se escreviam os atos do pretor, as fórmulas judiciárias e os processos de natureza civil. Estes álbuns eram afixados em locais públicos, sendo condenado à morte todo aquele que ousasse apagar algo que nele estivesse escrito. Entre nós, é um livro ou caderno destinado a colecionar fotografias, desenhos, selos de correio, versos, discos ou quaisquer objetos que se ache digno de recordação. Exemplos: de José de Alencar, em “Ao correr da pena”: “Obrigar um homem a percorrer todos os acontecimentos, a passar do gracejo ao assunto sério, do riso e do prazer as páginas douradas do seu álbum, com toda a finura e graça e a mesma monchalance com que uma senhora volta as páginas douradas do seu álbum, com toda a finura e delicadeza com que uma mocinha loureira dá sota e basto a três dúzias de adoradores!”; de Eça de Queiroz, em “O Crime do Padre Amaro”: “A S. Joaneira ia mostrando as outras maravilhas do pároco, — um crucifixo que estava ainda embrulhado num jornal velho, o álbum de retratos, onde o primeiro cartão era uma fotografia do Papa abençoando a cristandade. Todas se extasiaram”; de Machado de Assis, em “Memorial de Aires”: “Digo que eram gravuras, porque me fui despedir dele, que se levantou logo, com grande cortesia; mas de longe pensei que fosse o álbum de retratos. Não era; o álbum estava ao pé, aberto justamente na página em que figuram as duas fotografias de Carmo e do marido.”

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É isso!

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