29 de out. de 2012

As Escolas Literárias: o “Concretismo”


O termo Concretismo é junção de concreto mais o sufixo ismo. Na década de 50 surgiu a revista Noigandres, apresentando um movimento  poético inovador chamado Concretismo, com Augusto de Campos, Haroldo de Campos e Décio Pignatari sendo seus fundadores e principais representantes... Movimento relacionado também com as artes plásticas e com a música, o Concretismo propõe uma poesia não linear ou discursiva mas espacial. Decretando o fim do verso e abolindo a sintaxe tradicional, os concretistas procuram elaborar novas formas de comunicação poética em que predomine o visual, em consonância com as transformações ocorridas na vida moderna, em virtude da influência dos meios de comunicação de massa  (Douglas Tufano: “Estudos de Língua e Literatura”). A principal característica do Concretismo é o abandono do discurso tradicional, privilegiando os recursos gráficos das palavras. Decorrem daí as outras características: a) Abolição do verso; b) Aproveitamento do espaço: os brancos da folha e a própria disposição das palavras no papel adquirem um significado (“Faraco e Moura: “Língua e Literatura”). O Concretismo (ou poesia concreta) foi uma inovação ocorrida a partir de 1956, tendo como principais representantes os irmãos Haroldo e Augusto de Campos, Décio Pignatari, José Lino Grünewald, Ronaldo Azeredo e José Paulo Paes. Além de juntar as palavras, numa espécie de trocadilho, os concretistas jogaram com a disposição delas no papel, dando-lhes uma forma que contivesse também um apelo visual (Beth Griffi: “Português: Literatura, Gramática e Redação”).

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É isso!
 
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Referências bibliográficas:
1. Beth Griffi: “Português: Literatura, Gramática e Redação”. Editora Moderna, 1ª edição. São Paulo, 1992;

2. Maria da Conceição Castro: “Língua e Literatura”. Editora Saraiva, 1ª edição. São Paulo, 1993;
3. J. Milton Benemann e Luís A. Cadore: (“Estudo Dirigido de Português: Língua e Literatura”. Editora Ática, 17ª edição. São Paulo, 1984;
4. Faraco & Moura: “Língua e Literatura”. Editora Ática, 20ª edição. São Paulo, 1993;
5. “Enciclopédia do Ensino Integrado e Supletivo: Ensino atualizado da nova escola no Brasil”. Li-Bra Empresa Editorial. São Paulo, 1979;
6. A. Medina Rodrigues, Dácio A. de Castro e Ivan P. Teixeira: “Antologia da Literatura Brasileira”). Marco Editorial, volume I. São paulo, 1979;
6. Douglas Tufano: “Estudos de Língua e Literatura”. Editora Moderna, 4ª edição. São Paulo, 1992;
7. Paschoalin e Spadoto: “Literatura, Gramática e Redação”. Editora FTD. São Paulo, 1986;
8. William Roberto Cereja e Thereza A. C. Magalhães: “Português: Linguagens”. Atual Editora, 1ª edição. São Paulo, 1991;
9. Massaud Moisés: “A Literatura Portuguesa através dos textos”. Editora Cultrix, 22ª edição, São Paulo, 1997.

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