5 de nov. de 2012

Santos e Orixás

Durante a Escravidão no Brasil, os negros, cujas raízes religiosas estavam na África, eram proibidos de cultuar seus deuses ou reverenciar seus orixás. Uma das formas que encontraram, porém, para tentar “driblar” essa imposição católica foi o sincretismo religioso, mediante o qual eles atribuíam a cada santo católico o nome de um orixá, como nos exemplos a seguir:


Anamburucu (Nanamburucu, Nanã) -  o orixá da chuva, sincretizado como Santana;
Anifrequete  - o orixá incumbido de trazer da África para o Brasil os demais orixás, sincretizado  como Santo Antônio;
Exu -  o orixá temido por causar tragédias, sincretizado  como São Gabriel;
Iansã – o único orixá que enfrenta e domina os eguns (espírito de antepassado), sincretizado como Santa Bárbara;
Ibeji (Erês) – entidade que representa o princípio da dualidade,  sincretizados como Cosme e Damião:
Iemanjá (Inaê, Janaína, Princesa do Arocá, Princesa do Mar, Rainha do Aroca) a  Rainha do Mar  - sincretizado como Nossa Senhora (do Rosário, das Dores, das Candeias);
Obá - orixá do rio, a terceira e mais velha das mulheres de Xangô, sincretizada como Santa Maria e Joana A’Arc;
Obaluaiê Omolu (abaluaiê, Abalaú, Obaluaê) – orixá das as doenças contagiosas, especialmente  a varíola), sincretizado como São Sebastião e São Lázaro;
Ogumorixá para o qual é atribuída  a transmissão da técnica da metalurgia do ferro aos homens, sincretizado como São Jorge;
Oxalá - alta divindade entre os orixás,  abaixo apenas de Olorum, sincretizado como Jesus Cristo;
Oxóssi / Odéo orixá de caça e irmão de Ogum, sincretizado como Santo Onofre e Santo Expedito;
Oxum – orixá da água doce, sincretizado como Nossa Senhora do Carmo;
Oxumarê – o orixá-serpente,  equivalente ao vodum, sincretizado como São Patrício;
Xangôorixá dos raios e os trovões, que, anteriormente, era o quarto rei de Oyo (África),  sincretizado em São Jerônimo.

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É isso!

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