O deus Marte, a quem este foi consagrado o mês de
março, era, na mitologia grega, o deus da força bruta. Tinha,
sob o nome de Ares, altares em toda a Grécia. Conta se que Marte, citado
perante o tribunal dos deuses por Netuno, de quem ele havia assassinado um
filho, foi absolvido pelo seus juízes reunidos numa colina próximo de Atenas.
Em memória desse fato, os gregos deram ao seu tribunal, instalado no próprio lugar
onde teria ocorrido esse julgamento, o nome
de Areópago, que quer dizer colina de Marte. Era ele representado
sob a figura de um guerreiro terrível, acompanhado de um galo, símbolo da
vigilância. Nos seus altares, eram sacrificados lobos, e algumas vezes vítimas humanas.
O poeta Ausônio coloca junto dele um bode petulante, uma andorinha chilreando,
uma vasilha cheia de leite, símbolos estes que, com a erva verdejante, anunciam
o regresso da primavera. Nos combates, era acompanhado por seus filhos Fobos
e Deimos (a Fuga e o Terror), que lhe conduziam o carro, indo a
seu lado Eris (a Discórdia), a sua irmã e companheira.
Marte foi um dos maiores deuses da Roma pagã. Era contado entre os doze deuses
chamados consentes, porque tinham o direito de dar o seu consentimento ás
deliberações celestes; era igualmente um dos doze deuses lares, gênios
tutelares das casas e das famílias. No mês de março, dedicado a Marte, os
romanos celebravam muitas festas. No dia 1º festejavam as Matronaes, instituídas
em memória da paz concluída entre os sabinos e os romanos por intermédio das
mulheres (matronas) sabinas; a festa terminava por jantares suntuosos,
que os maridos ofereciam ás suas mulheres.
No dia 15 celebravam Anna
Perenna, a deusa que preside aos anos. No dia 17, comemoravam as Liberaes
em honra de Baco. No dia 23 festejavam o Tubilustres, da purificação das trombetas
sagradas, entre outras celebrações.
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É isso!
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