23 de nov. de 2012

Considerações sobre o “Asno”


A palavra asno vem do latim asinus, que significa: burro, jumento. Na mitologia, conta-se que o rei por nome Nauplio tinha o asno que  ensinara a Baco sobre a necessidade se podar a plantação de uvas, e para isso comeu ele uma cepa de videira, que logo em seguida brotou com muito mais vivacidade que as outras. Ainda na mitologia, diz-se que o asno costumava frequentar as festas consagradas a deusa Vesta, pela razão de que, tendo ela desprevenidamente cochilado, foi despertada pelo relincho do animal, que a salvou de UM iminente perigo. Na Bíblia consta que Deus fez uma jumenta falar após ter sido espancada por seu dono: “ Nisso abriu o Senhor a boca da jumenta, a qual perguntou a Balaão: Que te fiz eu, para que me espancasses estas três vezes? Respondeu Balaão à jumenta: Porque zombaste de mim; oxalá tivesse eu uma espada na mão, pois agora te mataria. Tornou a jumenta a Balaão: Porventura não sou a tua jumenta, em que cavalgaste toda a tua vida até hoje? Porventura tem sido o meu costume fazer assim para contigo? E ele respondeu: Não” (Nm. 22: 28-30). Figurativamente a palavra asno denota de maneira ofensiva um indivíduo desprovido de inteligência, ou seja: um burro. Exemplo extraído de uma das deliciosas crônicas de Machado de Assis: “Naturalmente, a maioria indignou-se. Um, para provar que o preopinante errava, chamou-lhe asno, ao que retorquiu aquele que as suas orelhas eram felizmente curtas. Essa alusão às orelhas compridas do outro fez voar um tinteiro e ia começar a dança das bengalas, quando me ocorreu uma idéia excelente.” Em relação ao nome da “voz” atribuída ao asno, são vários, a saber: azurrar, ornear, ornejar, rebusnar, relinchar, zornar, rebusno. 


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É isso! 

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