13 de nov. de 2012

Acerca do “Luto Preto”



A palavra luto, do latim  luctu, que, entre outros sentidos, designa as vestes escuras que a família e amigos da pessoa falecida usam durante certo tempo como sinal do seu pesar ou tristeza, como nesses exemplos extraídos da nossa Literatura: Lima Barreto, em “Marginália”: “A moça aceitou o pedido com repugnância e impôs que o seu palácio e residência fosse decorado e guarnecido como se se tratasse de um luto e o casamento se fizesse de preto. A condição foi aceita e assim os esponsais foram realizados”; e: Histórias e Sonhos”: “Morreu o marido. O enterro foi fácil e o luto ficou-lhe bem. O seu olhar vago, fora dos homens e das cousas, atravessava o véu negro como um firmamento com uma única estrela no engaste de um céu de borrasca”; José de Alencar, em “A Viuvinha”: “As fascinações do luxo, as bonitas palavras dos caixeiros e as instâncias de sua mãe, tudo foi baldado. Ela recusou tudo, e contentou-se com um simples vestido preto e algumas rendas da mesma cor, como se estivesse de luto, ou se preparasse para as festas da Semana Santa.” No que concerne à cor preta do luto, sabe-se que até a morte de Filipa, tia do rei de Portugal D. Manuel, o luto em terras portuguesas era representado na cor branca, e não na preta, como ainda é usual, ainda hoje, em muitas regiões de Portugal e do Brasil, entre outros muitos países.

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É isso!

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