6 de abr. de 2010

“Língua morta"

A MORTE - Na antiga mitologia grega, a Morte era uma divindade infernal, filha da Noite, e que foi concebida sem o consentimento dos outros deuses. Naquele tempo, a “indesejada das gentes” (como escreveu Manuel Bandeira) era representada com um rosto profundamente pálido e disforme, com os olhos fechados, coberta com um manto e levando na mão uma foice.

Poucos assuntos influenciaram tanto as culturas de um modo geral, quanto àqueles relacionados à morte. E, no que tange às línguas, especificamente à língua portuguesa, são inúmeros os termos diretamente ligados ao assunto. Vejamos alguns:

PÊSAME - Trata-se de uma expressão de condolência ou tristeza pela morte de alguém; é usada com mais freqüência no plural (pêsames), que é a forma substantivada de pesa-me (de pesar: tristeza, desgosto, dor moral).
FÚNEBRE - Do latim funebris, significa mortuário, lutuoso, macabro. Relaciona-se com o funeral, que é a cerimônia de enterramento, ou como se diz popularmente, o enterro.
FÉRETRO - Originalmente era uma espécie de maca na qual os antigos romanos carregavam os restos de pessoas mortas. Hoje é sinônimo de caixão de defunto, ataúde, tumba, esquife.
CEMITÉRIO - Vem da junção de dois elementos gregos: koimá (deitar-se, dormir) + térion (lugar onde). Ou seja: lugar onde se deita para dormir ou dormitório. Outra palavra que designa o local onde se enterram os mortos, é necrópole (do grego nekrós ( morte, morto) e pólis ou pole (cidade), ou seja: Cidade dos Mortos.
CADÁVER - Origina-se do latim cadere, que significa cair. Não tem, como alguns supõem, nenhuma relação com a expressão caro data vermis: carne dada aos vermes.
ESQUIFE - É o caixão de defunto, o féretro, o ataúde, a caixa onde se coloca o corpo dos mortos: “
E, chegando-se, tocou o esquife (e os que o levavam pararam), e disse: Jovem, a ti te digo: Levanta-te. E o defunto assentou-se, e começou a falar
” (Evangelho São Lucas: 7:14).

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É isso!

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