A palavra anel, do latim anellus: anelzinho, está - etimologicamente - relacionada às palavras anus e ano, remetendo todas ao conceito de círculo. Trata-se de uma fita
circular ou aro de metal, madeira, tecido, plástico, borracha, papel ou outro
material etc., guarnecido ou não de enfeites, que se
traz no dedo como adorno ou por distinção de dignidade, profissão, estado
civil, compromisso afetivo etc. Dizem que Scauro foi o primeiro que trouxe
anéis em Roma. Os
escravos traziam-nos de ferro; os
livres, de prata; os nobres e senadores, de ouro. O anel de casamento (aliança)
é símbolo de fidelidade, usado na mão esquerda, do “lado do coração”. O anel do
bispo é para demonstrar a igreja como sua esposa. Os doutores e professores
usavam-nos antigamente como distintivo de suas profissões. Aristóteles trazia
sempre os dedos carregados de anéis. Os romanos tiravam-nos dos dedos durante
os banquetes, pondo-os ao redor dos copos em que bebiam. Exemplos da nossa
Literatura: de Guimarães Rosa, em “Grande Sertão: Veredas”: “E eu desconversei, observando casual,
primeiro a respeito do luxo de tantos anéis
que João Goanhá gostava de botar em cheios dedos; e depois chamei atenção para
as goteiras abertas na telha-vã daquele grande cômodo, que se carecia de dispor
umas latas em diversos pontos e até uma gamela, no meio da mesa, fim de se
aparar águas da chuva”; de Eça de Queiroz, em “A Relíquia”: “A Titi estava sentada no meio do canapé,
vestida de seda preta, toucada de rendas pretas, com os dedos resplandecentes
de anéis”; de
Aluísio de Azevedo, em “O Mulato”: “As pretas-minas cativas, ou forras surgem com os seus ouros as suas
ricas telhas de tartaruga as suas ricas toalhas de rendas, suas belas saias de veludo.
suas chinelas de polimento seus anéis
em todos os dedos aos dois e aos três em cada um...”; de Manuel Antônio de Almeida, em “Memórias de um Sargento de
Milícias”: “Trazia
ainda D. Maria um penteado de desmedida altura, um formidável par de rodelas de
crisólitas nas orelhas, e dez ou doze anéis
de diversos tamanhos e feitios nos dedos.”
---
É isso!
Nenhum comentário:
Postar um comentário