19 de fev. de 2012

A origem da “Alma”


Das muitas definições dos dicionários para alma, uma delas é a seguinte: substância incorpórea, imaterial, invisível, criada por Deus à sua semelhança.

Discorrendo sobre a alma, o antigo filósofo Voltaire, além da explicação etimológica da palavra, faz as seguintes ponderações sobre o tema: É um termo vago, indeterminado, que expressa um princípio desconhecido, porém de efeitos conhecidos que sentimos em nós mesmos. A palavra alma corresponde à animu dos latinos, à palavra que usam todas as nações para expressar o que não compreendem mais que nós. No sentido próprio e literal do latim e das línguas que dele derivam, significa “o que anima”. Por isso se diz: A alma dos homens, dos animais e das plantas, para significar seu princípio de vegetação e de vida. Ao pronunciar esta palavra, só nos dá uma idéia confusa, como quando se diz no Gênesis: «Deus soprou no rosto do homem um sopro de vida, e se converteu em alma vivente, a alma dos animais está no sangue, não mateis, pois, sua alma.» De modo que a alma – em sentido geral– se toma pela origem e causa da vida, pela vida mesma. Por isto as nações antigas acreditaram durante muito tempo que tudo morria ao morrer o corpo. Ainda é difícil desentranhar a verdade no caso das histórias remotas, há probabilidade que os egípcios tenham sido os primeiros que distinguiram a inteligência e a alma, e os gregos aprenderam com eles a distinção. Os latinos, seguindo o exemplo dos gregos, distinguiram animus e anima; e nós distinguimos também alma e inteligência.”

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É isso!

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